Como tudo começou...
DE UM PEQUENO SONHO UMA GRANDE HISTÓRIA DE SUCESSO!!!
NÚCLEO DE HABITAÇÃO ABBA:
ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE BUSCANDO
ALTERNATIVAS
HISTÓRICO DE UM PROJETO DE SUCESSO.
*Saiba como tudo começou:
No ano de 2000 no mês de Junho, surgiu dentro da Vila Ventosa uma idéia de uma atividade artesanal que pudesse implementar (ou aumentar) a renda familiar dos moradores locais.
Foi então que eu, William Rosa, líder comunitário Cristão, busquei forças no Senhor e fui inspirado a criar uma feira artesanal, tipo a feira da avenida Afonso Pena.
A idéia era audaciosa, já que não sabia por onde começar, porém tinha fé que se começasse os moradores iriam compartilhar da idéia, pois esta traria atração, diversão e lazer para os mesmos, que, até então, viviam sem nenhum lazer, diversão e perspectiva de melhoria de vida.
A idéia foi fluindo, e ao comentar com algumas pessoas, elas perguntavam que dia essa sonhada feira começaria.
Escolhi duas pessoas da comunidade para trabalhar comigo, já que teríamos que mexer com dinheiro e isso traria uma responsabilidade ainda maior para todos nós. Convidei uma senhora de nome Rosemeire Vespermann Bessa e um Sr. De nome Miguel, já falecido. Deleguei a eles a função de donos do dinheiro, tesoureiro e conselheiro fiscal.
Eu seria o cabeça do projeto, a pessoa que batalharia junto aos políticos, e órgãos públicos e a comunidade interessada, para fazer as coisas acontecerem, planejando, buscando informações, cadastrando os interessados, demarcando o local na comunidade onde aconteceria; contando aí com a ajuda de outros voluntários da comunidade.
Trabalhamos muito, muito mesmo, com divulgação, procura de pessoas, ocupação de espaço na minha residência, contatos, etc. Com o tempo o projeto tomou uma dimensão tamanha que mobilizou toda a comunidade. Após três meses de trabalho estávamos prontos para inaugurar a feira.
Na época, contratei uma empresa que fazia as barracas e houve atraso na entrega das mesmas. Isso fez com que algumas pessoas ficassem receosas de que pudéssemos ter desviado ou gastado o dinheiro indevidamente. Mas as barracas foram entregues corretamente, e, assim como aconteceu com Thomé, as pessoas viram e acreditaram.Somando todas as barracas foi gasto um total de mais de 8 mil reais.
As barracas chegaram por volta das 21:00 horas e teriam que estar montadas logo de manhã para inauguração da feira.
Cada barraca tinha um número que foi feito no asfalto obedecendo a um mapa de distribuição sorteado.
No dia seguinte, às seis horas, já podíamos ver as pessoas descendo com suas barracas. Foram 73 barracas no total.
A feira foi um sucesso, até hoje lembrado pelos moradores.
Todo domingo a alegria inundava a comunidade, era dia de pagode, música ao vivo, karaokê, churrasquinho, cerveja, peixe perua, tropeiro, refrigerante, coquetel de frutas e outras alegrias.
Várias pessoas de todos os lugares vinham para a comunidade especialmente para participarem da feira e só iam embora depois do pagode.
Eu passava o dia inteiro administrando a feira, cuidando para evitar problemas ou procurando solucioná-los com a ajuda da polícia militar, que era uma parceira. Os policiais também participavam, lá se alimentavam e acabavam por se divertir também.
Todo o dinheiro que arrecadava com as mensalidades era repassado para a única associação da comunidade ASCOVE (Associação Comunitária da Ventosa), da qual eu era diretor de comunicação, o que significou uma grande ajuda no término da construção da sua sede.
E O QUE O NÚCLEO DE HABITAÇÃO TEM A VER COM ISSO?
Nas reuniões com os feirantes, que acontecia uma vez por semana em um salão da comunidade, fizemos a divisão do espaço onde iria acontecer à feira, ou seja, na rua principal da Vila, a rua estrada do cercadinho. Separamos os espaços destinados a alimentação e artesanato através de cores diferenciadas. As de artesanato eram vermelhas e as de alimentação eram verde, e ficou assim o espaço dividido na rua: A B B A
Sendo A= Alimentação e B= Artesanato.
Ao ver o conjunto de letras formado ABBA disse aos feirantes que precisávamos dar um nome à feira com estas siglas, e que dessem suas sugestões.
Houve sugestões, no entanto o nome surgiu mesmo de uma inspiração de Deus. Eu já tinha a primeira letra definida “A” de Associação, a segunda também, Beneficente, a terceira só veio depois de uns 6 meses, e em seguida, a quarta, Alternativas. A terceira letra saiu numa madrugada vendo um documentário da Serra Capivari, onde um garoto disse simplesmente “buscamos meios.....” é o que lembro então ficou: ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE BUSCANDO ALTERNATIVAS gostei do nome e quando mostrei aos feirantes, a idéia foi aprovada por todos.
A FORMAÇÃO DO NÚCLEO DE HABITAÇÃO:
Eu estava na rua da casa da minha mãe quando uma mulher da comunidade, vizinha de minha mãe, de nome Creuza, me procurou e pediu que eu ajudasse a concretizar o projeto, pois que nenhuma liderança nem ninguém quis abraçar a causa. Ainda argumentou que eram casas populares a preço acessível para a comunidade, e, naquela oportunidade, deu-me um livro a respeito para que eu pudesse me inteirar do assunto.
Peguei o livro, mas no fundo eu queria mesmo era rejeitar a incumbência e dizer que estava muito cansado com o projeto da feira, a qual tinha de administrar, e ainda tinha de trabalhar para me sustentar. Então, sugeri a ela que procurasse outras pessoas. Foi quando ela argumentou que já havia procurado todas as pessoas que eu havia sugerido e que em mim encerrava sua última esperança.
Naquele momento algo no meu coração fez com que eu pegasse o livro que ela trouxera e me comprometesse a estudá-lo.
Quando comecei a estudar aquele livrinho vi que realmente era uma oportunidade enorme das pessoas conseguirem a tão sonhada moradia própria.
Então me interessei em formar o grupo dentro dos pré-requisitos exigidos. Só que tinha um problema, eu teria apenas cinco dias para fazer tudo e apresentar na sede da secretaria de habitação. Como mobilizar as famílias interessadas, cadastrar, fazer ata, formar diretoria e protocolar na habitação até a data estipulada?
Então, novamente a Feira entrou em cena, fiz convites e fui falando com as pessoas sobre o projeto.A Creuza me ajudou a distribuir e a falar com o pessoal e outras amigas dela também.
A idéia se alastrou. Eu tinha credibilidade por ter feito o projeto da feira acontecer, e de forma sensacional. Seria um outro desafio, pois meu nome na comunidade nesta época era só elogios por parte dos moradores e críticas por parte das lideranças invejosas, que tentavam colocar defeito em alguma coisa.
No entanto essas lideranças eram contidas por qualquer um com quem comentassem, o que os derrotavam. Isso não fez com que eu me achasse o tal, ou me desfizesse de qualquer um deles. Nunca fiz isso, ao contrário, sempre tentei ser uma pessoa que unisse e não destruísse, até porque tenho um princípio bíblico que me condiciona naturalmente a assim agir.
O fato foi que o projeto aconteceu. Chamamos o povo para a sede da ASCOVE, e na segunda feira as 18:00 horas o lugar lotou. A equipe trabalhou direitinho, cadastramos 274 pessoas até 23:00 horas. Nascia naquele dia o núcleo de habitação ABBA, com o mesmo nome da feira. A feira já tinha uma diretoria, e ficava mais fácil direcionar tudo para a ABBA, porque nos víamos sempre, apenas acrescentamos a Creuza como vice-coordenadora.
*Primeira conquista da ABBA:
Nossa primeira conquista foram cinco casas populares no mesmo ano, que estão sendo distribuídas agora em 2008, ou seja uma espera de 08 anos.
Um ponto a ser esclarecido: A Creuza, a que me pediu para ser o líder deste projeto, já havia conseguido seu apartamento antes de serem sorteadas a cinco casas. E não foi marmelada não, nem foi por acaso. Ocorre que em uma das reuniões das quais participei no setor de habitação, foi apresentado o projeto PAR e pude trazer algumas fichas a serem preenchidas por quem se interessasse em se increver.
O projeto era uma parceria da caixa econômica federal X PBH X NÚCLEO. Ninguém do núcleo se interessou pelas fichas, então, motivei a Creuza a preencher uma, assim ela se increveu no projeto.
Muitos não acreditavam na possibilidade de conquistar alguma coisa no naquele projeto porque as exigências eram muitas. Mas quem gosta de coisa fácil vai ficar sempre pelo meio do caminho. A Creuza preencheu ficha e a fé dela era tão grande que ela a preencheu no Núcleo mesmo. Eu levei a ficha dela para o setor de habitação da Prefeitura, e depois de poucos dias ela foi chamada. Ela mora
Passei então a tomar conta do Núcleo com minha esposa, Flaviana. Depois que a Creuza conseguiu sua casa todos queriam as fichas, mas elas eram registradas e tinham de ser sorteadas e como não eram suficientes para atender a todos interessados, tinham de ser sorteadas no Núcleo, mas permanecíamos unidos.
*Dificuldades encontradas:
Passamos por muitas dificuldades no Núcleo, com muitas despesas, pois tivemos que registrar a ABBA; as reuniões eram consecutivas e era sempre eu quem tinha de ir em todas sozinho, pois minha esposa não podia ir por ter de cuidar de nossos 3 três filhos pequenos, um ainda de colo.
Também passei por algumas provações com problemas de saúde na família. Meu pai teve de amputar uma perna e fui eu quem o assistiu e o acompanhou durante todo o tempo em que esteve hospitalizado. Esse fato, além de absorver o meu tempo me deixou abalado.Tivemos então de interromper as atividades do núcleo por um ano.
*Vitórias:
Mesmo assim, com todos os percalços e dificuldades aconteceu a formação desse Núcleo, que hoje é uma referência do movimento de habitação
Hoje são mais de 70 pessoas morando em suas casas próprias e outras 10 aguardando a liberação do OPH para usufruírem de suas conquistas.
Nada foi fácil. Foi muita sola de sapato gasta em longas caminhadas a pé, muitas horas em salas de espera, muita despesas com telefonemas, muita porta na cara, e não muito raro, muita incompreensão, mas vencemos. A vitória do ABBA, através da conquista das moradias me faz crer que tudo fez sentido, e que tudo valeu a pena, e me dá força e vontade para continuar com o projeto.
*Agradecimentos:
Agradeço à Deus em primeiro lugar por ter-me dado essa missão e de ter-me feito um instrumento de ajuda ao meu próximo.
Agradeço a minha esposa e a meus filhos por acreditarem sempre em mim e me apoiarem, mesmo quando foram prejudicados.
Agradeço também àqueles que sempre acreditaram em mim, e, de maneira especial, aos que não acreditavam, mas que foram levados a acreditar ao conhecerem os incontestáveis resultados positivos obtidos através do meu trabalho.
Isso não é tudo, pois muitos são os que sonham e esperam. Muita luta ainda está por vir, por isso o nosso trabalho precisa continuar, o show não pode parar!!!
Deus nos abençoe a todos,
William Rosa.
Para refletir.
A FIDELIDADE DE DEUS:
O homem ficou triste pois não entendeu o porque do seu pedido vir errado, pensou que talvez o Senhor tivesse se enganado na hora da entrega dos pedidos. Também, com tanta gente para atender...Resolveu não questionar. Passaram-se alguns dias e o homem foi verificar o pedido que deixara esquecido.E... do espinhoso e feio cacto nasceu a mais bela das flores. A horrível larva transformou-se em uma belíssima borboleta.A maneira de Deus é correta.
O Seu caminho é o melhor, mesmo que aos nossos olhos pareça estar dando tudo errado.Se voce pediu a Deus uma coisa e recebeu outra, descanse no amor sem limites do Senhor e tenha certeza de que Ele sempre lhe dá o que você precisa no momento certo. Nem sempre o que vc precisa é o que você deseja, mas Deus nunca erra na entrega de seus pedidos. Creia nisso e siga sem murmurar ou duvidar.O espinho de hoje será a flor de amanhã..."Pelo que eu vos digo: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á; pois todo o que pede, recebe; e quem busca acha; e ao que bate, abrir-se-lhe- á. E qual o pai dentre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, se lhe pedir peixe, lhe dará por peixe uma serpente? Ou, se pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lho pedirem."(Lucas 11:9-13)
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